1 de julho de 2009

Sobre o Google Wave (e o Bing)

No começo de Junho, a Microsoft lançou oficialmente seu novo sistema de buscas na Internet - o Bing. O objetivo é que a ferramenta ofereça mais do que simplesmente busca na internet, usando o conceito de "busca semântica", isto é, o sistema tentaria interpretar as palavras-chaves digitadas pelo usuário e com isso conseguiria trazer resultados mais relevantes para a pesquisa.

Como é novidade, acaba aguçando a curiosidade e todo mundo acessa para dar ao menos uma espiada. Vem daí a melhora da posição da Microsoft no ranking do uso de buscadores reportado pelos medidores de audiência da Internet. Eu mesmo fiz esse acesso para testar o Bing mas não encontrei nada particularmente melhor do que os serviços que já existiam anteriormente, incluindo o Live Search da própria Microsoft e o onipresente Google.

Na mesma semana, a Google anunciou que está preparando um novo produto e que este também promete revolucionar o modo como usamos a Internet. O produto, feito com tecnologia Web 2.0 (basicamente HTML e JavaScript), foi anunciado no fim de maio no evento Google I/O 2009, uma conferência para desenvolvedores. O site do preview do Google Wave define a ferramenta como algo para comunicação e colaboração através da Internet, integrando e-mail, troca de mensagens instantâneas, bate-papo, rede social, compartilhamento de documentos e imagens, criação de blogs e wikis.

A base do sistema do Google são as Waves, canais hospedados na internet que comportarão as conversações entre as pessoas vinculadas. Por conversações aqui entenda-se não só troca de mensagens textuais (quer via email, quer via chat) mas também o compartilhamento de fotos, vídeos, e outros documentos, além de interação com mapas. Mas o principal diferencial é permitir a produção de documentos colaborativamente, isto é, várias pessoas da wave trabalhando num documento e até mesmo editando-o de forma simultânea.

Tudo que é dito, postado ou produzido fica registrado na wave, de modo que alguém que não estiver on-line pode acompanhar tudo o que acontece na wave no momento que lhe for mais oportuno, sabendo quem disse ou fez o quê e quando.

Esses recursos todos são construídos em cima de uma API - a Google Wave API - que é um conjunto de ferramentas para desenvolvimento. Essa API é disponibizada pela Google para que seja possível a desenvolvedores externos criar extensões que automatizem tarefas numa wave. Ela também permite que se incluia uma wave dentro de outro site para torná-lo mais interativo. Com isso, muitos desenvolvedores de software devem criar gadgets compatíveis com o ambiente das waves, incrementando cada vez mais as funcionalidades existentes, da mesma forma que acontece com os plugins para o navegador Firefox.

Além disso tudo, a Google está trabalhando num protocolo aberto para permitir a comunicação entre waves. A ideia é que o protocolo, chamado Google Wave Federation Protocol, estimule o surgimento de outros produtores de waves e que waves publicados por diferentes produtores possam compartilhar informações entre si.

Como o Google Wave ainda não está em funcionamento, teremos mesmo que aguardar para saber o que de fato é revolucionário e o que não passa de marketing. A promessa é boa e deve sair ainda em 2009 ...

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